Aprenda a preparar esta receita caseira de linguiça que tem sabor de história e faz parte de um dos mais tradicionais pratos de botecos de BH, a capital nacional dos bares e cidade criativa da gastronomia.
Linguiça caseira do kaol
Ingredientes:
– 15 kg de pernil (desossado)
– 3 kg de toucinho
– 1 litro de vinagre
– Alho, sal e pimenta a gosto
– 700 g de tripa já limpa(é vendida envolvida em sal)
– Óleo para fritar
Preparo:
Passar o pernil e o toucinho pelo moedor, de modo que os pedaços fiquem maiores e não totalmente moídos. Se preferir o preparo à moda antiga, picar bem as carnes com uma faca afiada.Temperar com sal alho e o vinagre e deixar descansar por cerca de 40 minutos. Lavar a tripa para remover o sal. Com a máquina ou utensílio próprio(pode ser um funil), encher a linguiça. Servir a partir do dia seguinte. Para preparar, levar a linguiça ao fogo, coberta com água, apenas para ficar pré-cozida (pode sewr retirada logo que ficar mais firme, com aspecto esbranquiçado). Levar ao fogo uma panela grande com óleo suficiente para cobrir os pedaços. Quando estiver quente, por a linguiça. Retirar quando estiver dourada.
* Receita fornecida por Elzi Botelho do Café Palhares em Belo Horizonte para o Projeto Sabores de Minas.


Com sabor de história
Mais que um pequeno bar e lanchonete no coração da cidade, o Café Palhares é patrimônio de Belo Horizonte. Há 74 anos na Rua Tupinambás, o lugar resistiu às muitas mudanças do Centro. A começar pelo entorno, que, nas primeiras décadas de funcionamento, era ocupado pela famosa zona boêmia. Dizem até que personagens como a lendária Hilda Furacão fizeram parada por lá. Essa e outras histórias ficam ainda mais saborosas quando ouvidas do balcão, diante de um chope gelado, acompanhado de uma das joias culinárias locais.
A linguiça da casa, receita que ultrapassa cinco décadas, vai bem pura, com pão de queijo ou, como não poderia deixar de ser, no clássico Kaol. “Antigamente, o bar era 24 horas e meu pai servia para os funcionários da madrugada um prato com arroz, couve, ovo e linguiça. Os fregueses viram aquilo e começaram a pedir”, explica João Lúcio Ferreira, dono do bar, ao lado do irmão Luiz Fernando, filhos do saudoso Seu Neném.
O jornalista Rômulo Paes se encarregou de batizar a iguaria e, desde a década de 1970, o Kaol se tornou um dos mais conhecidos itens dos cardápios da cidade. Uma história que, certamente, merece ser degustada por quem tem amor à cidade.
Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: O município de Belo Horizonte está localizado no Território Central/Região Metropolitana


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