Aprenda alguns segredinhos de uma das maiores culinaristas da história de Minas Gerais sobre como cozinhar corretamente o feijão de todo dia.
Feijão


Ingredientes:
- 1 kg de feijão carioquinha
- 2 colheres (sopa) de óleo
- 1 colher (sobremesa)de tempero caseiro
- 1 folha de louro
- Água
Dicas da mestra:
- Para que o feijão cozinhe mais rápido, deixe os grãos de molho por meia hora.
- E para dar uma incrementada em seu sabor, experimente refogá-lo com pedacinhos de lingüiça ou bacon.
Modo de Preparo:
Catar o feijão, espalhando porções em uma mesa e retirando qualquer impureza, antes de deixá-lo de molho por 30 minutos.
Escorrer a água e pôr os grãos na panela de pressão.
Pôr água até o nível de dois dedos acima do feijão.
Levar ao fogo e deixar cozinhar por 30 minutos depois que a panela der pressão.
Em outra panela, refogar o tempero no óleo e pôr, em primeiro lugar, apenas os grãos do feijão cozido.
Pôr o caldo e, com uma concha, dar uma leve amassada nos grãos, para que o caldo fique grosso.
Pôr a folha de louro, tapar a panela e deixar no fogo até que o caldo fique cremoso.
*Receita fornecida por Maria Stella Libânio Christo para o Projeto Sabores de Minas


Sabores do dia-a-dia
Para quem a cozinha é um dom, não há sofisticação que substitua o sabor caseiro. Assim pensa a escritora e culinarista Maria Stella Libânio Christo, autora de oito livros sobre a culinária mineira, arte que divulga pelos quatro cantos do país. Em sua obra, ela preza pelas boas lembranças que a cozinha, por mais modesta que seja, pode despertar nos corações. E é por tais recordações que a escritora mineira nos dá de presente uma receita, mais uma vez simples, mas que não pode faltar à mesa de qualquer brasileiro que se preze: nosso rico feijão.
“Lá em casa, todos os dias tem arroz com feijão e verdura”, conta. À combinação ela atribui a saúde dos oito filhos, entre eles o escritor Frei Betto que, segundo ela, faz parte dos que são bons de garfo e de fogão. “Dos oito, dois gostam de cozinhar e seis só de comer”, brinca. A casa da escritora é o ponto de encontro da grande família, que já conta com 16 netos e 12 bisnetos. E, mesmo aos 91 anos, ela faz questão de, vez ou outra, pôr a mão na massa para agradar essa turma, que é fã, principalmente, de seus doces de frutas.
Conversar com Maria Stella é ter uma verdadeira aula da cozinha que ainda preza o tempero de alho e sal feito na hora e que faz do trivial algo especial. “Um arroz branco fica uma delícia se você pôr um queijo. Com o caldo da carne, pode-se fazer o chamado cozido mineiro, que é juntar todos os legumes que houver em casa. Todos gostam.” Preciosas lições para converter, como diz a escritora em um de seus livros, cada momento numa expressão de carinho.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.