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Por: Izabelle Carli*
Pão francês, pão rústico, bengala, filão, pão caseiro, pão de cereais, ciabatta, bisnaguinha, pão sírio, pão doce, pão australiano, pão de forma, pão italiano, pão integral……
Ontem foi dia de fazer pão. Durante a pandemia, muita gente se voltou para esta prática milenar de fazer em casa um dos alimentos mais tradicionais e consumidos no mundo inteiro, símbolo de celebrações religiosas, encontros familiares, alimentação variada e saborosa. Existe até um dia para celebrar o pão. O Dia Mundial do Pão, 16 de outubro, foi instituído em 2000, em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros daquela cidade. A história do pão é antiga. Ele teria surgido há mais de 6 mil anos, quando os egípcios descobriram a fermentação do trigo. Ali ele era considerado um alimento básico e era um símbolo de poder. Os pães preparados com trigo de qualidade superior eram destinados apenas aos ricos. Os egípcios se dedicavam tanto ao pão que se tornaram conhecidos como “comedores de pão”.
Foto A Casa do Fazer, em Santa Rita do Sapucaí
O pão chegou ao Brasil através dos portugueses: O primeiro documento que narra um brasileiro consumindo pão foi a carta de Pero Vaz de Caminha. Quando as naus [portuguesas] chegaram em território brasileiro, elas traziam pães. Os índios então provaram, pela primeira vez, aquilo que era totalmente estranho, que era o pão. E a reação dos índios não foi lá muito favorável porque eles não estavam habituados a consumir aquele tipo de produto. Os produtos que se consumiam aqui eram derivados da mandioca e típicos da região”. E hoje o pão está presente em 98% dos lares brasileiros.
Água, trigo, fermento, sal… a experiência da transformação
E fizemos pão na oficina “Sentires e Gestos do Fazer Pão”, um encontro com a ancestralidade, a colaboração e experimentações através do fazer pão, quando o alimento feito pelas próprias mãos educa e potencializa a vida. A oficina, ministrada por Cristina Tomé, psicóloga e especialista em artes manuais para a educação, aconteceu na Casa do Fazer, um lugarzinho especial em Santa Rita do Sapucaí que oferece vivências de conexão com a natureza, com o sagrado, consigo mesmo.
A Casa do Fazer está retomando suas atividades presenciais, você pode acompanhar a programação pelo @acasadofazer .
Ao fazer o pão nos conectamos com nossas origens, nossos ancestrais e nossas experiências, refletimos e honramos a vida, os fazeres e saberes transmitidos de geração em geração
Mas se bater aquela vontade de comer um pão maravilhoso, e você não quer ir pra cozinha, não tem problema. Dá um pulinho na Padoca, uma micro padaria artesanal que conquistou nosso coração oferecendo uma variedade de pães salgados e doces, de fermentação natural, incríveis. A Padoca é do casal Adeline e Zé Armando, que começaram vendendo bolos de pote em uma bike e… hoje tem um dos melhores points da cidade para você comprar pães artesanais, bolos, brownies, cookies e um monte de coisa gostosa.
A Padoca ( @apadocasrs ) faz pães incríveis, doces e salgados, que você pode levar pra casa ou comer lá mesmo, tomando aquele café especial.
O bakerman da Padoca, Zé Armando, te recebe com a maior simpatia do mundo, e manda super bem no lance de fazer pão
Aproveite e experimente o tiramisu que é feito por lá, dos melhores!
Foto ilustrativa
Claro que a receita de hoje é de pão, e com café, para ficar ainda mais gostoso. Receite da Janete Aparecida Lemos Martins, do livro Delícias do Café, de Marina de Castro Barbosa.
Ingredientes:
Modo de fazer:
Com informações da Agência Brasil
*Izabelle Carli Jornalista, produtora cultural, amante de livros e bichos, não necessariamente nesta ordem.Organizadora do Festival de Gastronomia e Cultura de Santa Rita do Sapucaí – Sabores do Vale e do Festival do Livro do Vale da Eletrônica- Festivale. Em tempos de pandemia, lançou canal no YouTube apresentando a gastronomia da cidade com receitas e dicas de aproveitamento total de alimentos.
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