Da Série: Doces dos Quintais de Minas Gerais*
O doce
Lavar bem e secar o abacaxi.
Descascar e cortar em fatias de dois a três centímetros.
Colocar em dois litros de água e deixar descansar por meia hora.
Numa panela, ferver um litro e meio de água.
Quando estiver borbulhando, mergulhar o abacaxi (é necessário o choque térmico).
Tampar com um pano de prato e deixar por dez minutos.
Tirar do fogo e deixar esfriar.
Tirar as fatias e, com uma faca, retirar o miolo e deixar escorrer.
Reservar.
Para a calda, colocar para ferver, em fogo médio, meio litro de água, um quilo de açúcar e o leite.
Com uma escumadeira, retirar o excesso de espuma.
Quando estiver no ponto de bala mole (checar a consistência pingando com a colher num prato com água fria), colocar os pedaços de abacaxi.
Quando levantar fervura, retirar o doce do fogo e despejá-lo numa vasilha (que não pode ser de alumínio).
Deixar descansar até o dia seguinte.
Pôr novamente na panela e levar ao fogo.
Assim que levantar fervura, retirar os pedaços de abacaxi e colocá-los num pirex tampado, para não esfriar.
A calda é novamente levada ao ponto de bala mole, e o abacaxi volta à panela.
Assim que levantar fervura, retirar as fatias, colocá-las de volta no pirex, tampar e deixar descansar até o dia seguinte.
Repetir o procedimento por mais dois dias (para desidratar a fruta).
A calda não será mais usada para a receita (com ela, podem ser feitos doces e pirulitos).
A cristalização
Colocar para ferver, em fogo médio, a água, o açúcar e o leite.
Com uma escumadeira, tirar o excesso de espuma.
Escorrer o abacaxi e cortá-lo em cubos.
Colocá-los na panela da calda, mexendo com uma colher de pau até o ponto de bala mole, porém mais consistente.
Retirar do fogo e mexer até a calda ficar esbranquiçada.
Com um garfo, tirar pedaço por pedaço (rapidamente) e pôr para descansar sobre uma bandeja de alumínio (como as de pizza).
Deixar esfriar em temperatura ambiente.
É desaconselhável fazer o preparo do doce em dias chuvosos, pois umedece rapidamente.
Depois de recuperar as energias num refrescante banho na Cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros de altura e considerada uma das mais bonitas do Brasil, é hora de saciar a fome. Aquela comidinha mineira, preparada no fogão a lenha, não é difícil de encontrar em Conceição do Mato Dentro. Após farto banquete, nada como o abacaxi cristalizado para adoçar a boca. O açúcar não tira o gosto azedinho da fruta.
É na fábrica artesanal, no fundo do quintal de casa, que Élida de Souza Duque, de 54 anos, tem paciência de Jó para deixar a fruta no ponto certo, pois o preparo não é fácil. “É muito difícil fazer doce cristalizado e o abacaxi é um dos mais complicados”, avisa. Foi há alguns anos, quando a vida apertou, que Élida começou a investir nos doces. “Fui de madame a doceira. Mas hoje isso é parte da minha vida, e faço com muito amor”, confidencia.
Além do abacaxi, ela faz doce de figo, de mamão verde, de mamão maduro, de laranja, de limão e de abóbora, sem falar no pé-de-moleque, canudinho e doce de leite.
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