Veja Também: A matança do porco caipira em Minas Gerais
Temperar a costela com o sal, o alho e a pimenta. Deixar a carne na geladeira, coberta, de um dia para o outro. Untar uma panela com óleo e pôr a costela. Mexer até que ela solte água e doure bem. Depois de dourada, pingar água aos poucos para que ela cozinhe. Tapar a panela e, assim que a água secar, pingar mais um pouco até que a carne fique cozida. Desligar o fogo e, em outra panela, aquecer óleo suficiente para cobrir os pedaços de costela.
Pôr as peças aos poucos e retirar assim que ficarem douradas e os ossos começarem a escurecer. Lavar os quiabos e secar com um pano de prato. Retirar as pontas e cortar em rodelas. Aquecer o óleo, pôr o alho e, quando ele estiver frito, pôr o quiabo. Desligar o fogo quando o quiabo estiver mais escuro. Servir a costela com o quiabo.
Ao longo do tempo, a mulher lutou e alcançou seu espaço na sociedade. Trabalha fora, algumas optam por não ter filhos, outras por não se dedicar aos afazeres da casa sem serem criticadas por isso. As mais feministas até fazem cara feia quando é atribuída à mulher a tarefa de ir para o fogão. Ainda assim, há quem assuma com muito orgulho a função. É o caso de Vera Lizardo Dias, que se considera uma “doméstica assumida”.
“Cozinho, faço bordado, crochê e não tenho vergonha disso.” E é por tanto amor às atividades do lar que a comida de dona Vera é a preferida dos filhos e netos, principalmente quando o assunto é a comidinha corriqueira, aquela que o mineiro conhece bem. Não falta quiabo refogado, angu partidinho, arroz soltinho, feijão bem temperado e costela frita, sequinha. Pratos que, para ela, não há ciência que explique, mas sim a sensibilidade e, é claro, preciosos segredos.
Para que a sobra de carne não perca o sabor de um dia para o outro, dona Vera ensina que deve ser retirada toda a água que há na panela. “Aqui, aproveito tudo. Se sobrar carne, eu a deixo secar na panela e guardo. Depois, uso para incrementar outro prato”, diz. Refogados de legumes ganham sabor com esses truques, como no caso do quiabo que ela prepara com maestria e arranca suspiros e recordações dos filhos, que já não moram na mesma casa.
Aprendizado que a prática ensina e o paladar agradece.
Na véspera, retirar os cabinhos antes de lavar e secar os quiabos, um a um.
Picar em pedaços pequenos e fritar no óleo, que não precisa estar muito quente
Por na panela o vinagre e deixar por aproximadamente 20 minutos
Retirar e deixar escorrer o óleo, em uma peneira forrada com papel toalha.
Reservar
Também na véspera, temperar a costelinha com uma mistura de tempero caseiro, limão, molho de soja e um pouco de água
Deixar na geladeira em um saco de plástico, com o tempero
No dia seguinte, leve a costelinha ao fogo sem o caldo do tempero, que deverá ser reservado
Com uma colher, retirar o excesso de gordura e pingar água, para que a costelinha fique bem dourada.
Quando a carne estiver macia, pôr o caldo reservado e o quiabo
Se necessário pôr mais água
Tapar a panela e deixar cozinhar por cerca de 10 minutos e servir com angu e arroz
*Receita fornecida por Sandra Lúcia Ribeiro, de Ubá, para o Projeto Sabores de Minas
É comum ouvir dizer que amor, carinho e prazer, são temperos infalíveis na cozinha. Para quem acha que isso não passa de lugar comum, Sandra Lúcia Ribeiro, moradora de Ubá, prova, em suas paneladas que a teoria está repleta de razão.
Há 26 anos na lida do fogão, Sandra fornece, diariamente, mais de 100 marmitas a trabalhadores da cidade. E sua comida caseira agrada aos mais diferentes tipos de público: do mais rico ao mais simples.
“O pessoal gosta porque tem gostinho de comida de casa. Faço tudo com muito carinho.” Além das doses generosas de sentimento, Sandra também faz questão de atender às preferências de cada freguês. Tem o que não gosta de couve, ou o que prefere mais feijão do que arroz, o que torce o nariz para o chuchu, e por aí vai.
mas um prato preparado às quartas feiras, dificilmente desagrada. É a costelinha com quiabo, iguaria daquelas pra se comer rezando, tamanha a perfeição.
Então não se esqueça de acrescentar muito amor à lista de ingredientes.
Mapas dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: o município de Belo Horizonte está localizado no Território Central/ Região Metropolitana e o município de Ubá está localizado no Território Mantiqueira/Doces Montanhas
Aprenda a preparar essa receita vegetariana inspirada na culinária latina.
Cachaça envelhecida e açúcar mascavo em uma outra versão desse drink tradicional.
Conheça o mais novo restaurante que está brilhando no sul do Pará. Minerai, da chef…
Começa nesta sexta-feira, 02/09, em Pequi o Festival Gastronômico Serra Rio do Peixe. A cidade…
Chef mateiro se encanta com a diversidade do Território Sudeste do estado do Pará. Confira!