Bater as claras em neve, juntar as gemas e mexer bem até obter mistura homogênea.
Adicionar a verdura, o alho e o sal.
Numa frigideira, esquentar o óleo e despejar a mistura.
Quando dourar por baixo e a parte de cima estiver mais firme, virar a omelete.
Se quiser, acrescentar uma colher (sopa) de farinha de trigo à massa, para dar mais liga.
*Receita fornecida por Cristina Alves, de Sabará para o Projeto Sabores de Minas
Desde os tempos do Brasil colônia, as folhas de ora-pro-nóbis seduzem os mineiros e visitantes das Gerais. Com carne de frango, de porco ou de boi, elas dão charme especial e são ricas em nutrientes. Garantem também alto teor protéico e muito sabor à refeição. Com o passar do tempo, moradores de Arraial Velho, em Sabará, criaram receitas para aproveitar a planta e dar-lhe o valor que bem merece. Experiente na lida com o fogão, Cristina Alves, de 53 anos, prepara uma gostosa omelete, que atiça o apetite dos quatro filhos e quatro netos “e deixa a moçada com água na boca”, como diz a canção popular.
Na cozinha, os viajantes admiram o trabalho de Cristina, que transforma a casa em restaurante, nos fins de semana, e recebe os clientes que fazem reserva com antecedência. Um dos segredos para deixar o prato bem fofinho é bater as claras em neve e somente depois misturar as gemas. “Se preferir, a cozinheira pode adicionar uma colher de farinha de trigo, para dar mais liga. Ou rechear com queijo, cebola, presunto, o que agradar”, afirma, enquanto vira a massa de ovos, na frigideira, para dourá-la dos dois lados e ficar no ponto.
O resultado não poderia ser melhor para começar a noite. A viagem está apenas no início e promete. Nada como ser bem recebido e conhecer um pouco mais sobre a boa mesa. Agora, pé na estrada, pois há muito chão pela frente.
Em uma tijela bater os ovos levemente.
Misturar a farinha no leite e juntar aos ovos
Por a cebola, a cebolinha e o sal e misturar
Separar em duas partes
Em uma delas colocar o ora-pro-nóbis e misturar
Na outra por o jiló
Untar uma frigideira antiaderente com óleo e colocar para aquecer em fogo médio
Preparar as duas omeletes separadamente
Colocar a mistura e quando começar a soltar do fundo, virar como uma panqueca para dourar do outro lado.
Fechar unindo as duas pontas
Fazer a mesma coisa com a outra mistura
Servir as duas em um prato decorado com cebolas e cheiro verde
*Receita fornecida por Elisabeth Fernandes de Oliveira, da Pousada Canto Verde na Serra do Cipó em Jaboticatubas para a Revista Sabores de Minas – Roteiros de Turismo Gastronômico
Muita gente que passa pela Serra do Cipó pode não saber, mas bem antes de o santuário ser desbravados por turistas, outros personagens importantes da história do Brasil passaram por lá.
Os acidentados caminhos da Serra do Espinhaço foram trilhados por bandeirantes que seguiam rumo ao cobiçado Arraial do Tejuco, atual Diamantina.
Já no século XVIII toda a região era conhecida como Fazenda Vacaria, que tempos depois ganharia o nome de Fazenda do Cipó, devido às curvas do rio que batizou a região.
Com o passar dos anos as terras foram divididas até chegar à atual configuração.
Quem conta essas e outras boas histórias é Elisabeth Fernandes de Oliveira que, além de secretária de cultura e educação de Santana do Riacho, há 19 anos administra com o marido, a Pousada Canto Verde. Apaixonada por cozinha, Beth se dedica ao preparo de doces e conservas.
Sua fama é conhecida por muita gente, já que, durante anos ela assumiu o restaurante que ficava próximo à centenária Venda do Zeca. Äté hoje o pessoal procura pela comida”, conta.
Uma das atrações da casa era o omelete recheado com hortaliças, como jiló e ora-pro-nóbis, colhidos nos quintais da região.
Para os que já comeram a iguaria e sentem saudades, a receita acima pode ajudar a matar um pouco o desejo. Já aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer, podem saborear a surpresa dessa dica simples, porém divina
Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: O município de Sabará está localizado no Território Central/Entorno e o município de Jaboticatubas está localizado no Território Espinhaço/Garimpo
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