Acompanhe mais duas receitas garimpadas no interior de Minas pelo Projeto Sabores de Minas. Confira como preparar o charuto e os legumes recheados. Tradição árabe, jeitinho mineiro.
Charuto e legumes recheados
Ingredientes:
Para o recheio
- 250 g de arroz cru
- 250 g de carne bovina (patinho) moída duas vezes
- Hortelã e cheiro-verde a gosto, picados
- 1 colher (sopa) de tempero caseiro
- 3 colheres (sopa) de óleo
- 1 limão-capeta espremido
- 1 colher (sopa) de colorau
- Pimenta malagueta batida a gosto
Para o molho
- Meia latinha de extrato tomate
- 4 colheres (sopa) de óleo
- 2 tomates picados
- 1 cebola média picada
Para a capa
- Folhas de repolho, couve ou almeirão. No caso dos legumes, pimentão, abobrinha italiana ou berinjela.
Preparo:
Para o recheio, misturar os ingredientes e reservar.
Para preparar as capas, as que são folhas, mergulhar em água fervente até que fiquem macias.
Retirar a nervura central e os talos.
No caso dos legumes, cortar a tampa e reservar.
Com uma faca, retirar o miolo.
Encher os legumes com um pouco do recheio, sem encher até a beirada.
Pôr a tampa nos legumes e fechar com um palito.
No caso das folhas, se forem grandes, dividir em duas e, se forem médias, usar uma inteira.
Abrir a folha e colocar uma colher (sopa) do recheio, fazendo uma carreira.
Dobrar as pontas, cobrindo as extremidades da carreira, e enrolar o outro lado, formando um charuto.
Se for necessário, prender com um palito.
Forrar todo o fundo de uma panela grande com os talos retirados das folhas e algumas folhas.
Pôr os charutos ou os legumes por cima dos talos, bem juntos, para que não abram.
Espalhar por cima o extrato de tomate, a cebola, o tomate, o óleo e o sal.
Pôr uma tampa um pouco menor que a panela, de modo que ela aperte os charutos e não deixe que eles abram.
Cobrir com água e deixar cozinhar em fogo médio, com a panela tapada, até que a água seque quase por completo.


*Receita fornecida por Leonardo José Salomão Farias, de Lagoa Santa para o Projeto Sabores de Minas


Boemia árabe
O Sabores de Minas põe o pé na estrada para desvendar as cozinhas de uma região já familiar para quem vive na capital, mas que irá surpreender pelas riquezas de forno e fogão. Partimos rumo ao circuito das grutas, que abrange 12 municípios e seus arredores. Começamos pela bela Lagoa Santa, a apenas 36 quilômetros de Belo Horizonte. Cidade de passagem para muitos que seguem, principalmente, para a Serra do Cipó, Lagoa Santa tem atributos que valem uma estada mais demorada, com tempo para apreciar a simpatia dos moradores, a beleza das paisagens e os temperos de sua gastronomia, com destaque para a diversidade de seus muitos bares.
Para começar, uma mostra da culinária árabe, com toque de mineiridade do Bar do Léo. O lugar, pequeno e aconchegante, é daqueles onde clientes são amigos, a cerveja está sempre no ponto e a prosa nunca é demais. No cardápio, tradicionais petiscos da cultura de boteco, como linguiça e mandioca, e um toque libanês, com charuto, legumes recheados e quibe cru. À frente das panelas e por trás do balcão está Leonardo José Salomão Farias, que aprendeu um pouco da cozinha do oriente com a mãe, neta de libanês.
Ele ensina que o recheio pode ser usado também em legumes, como abobrinha, berinjela, pimentão e o que mais a criatividade do cozinheiro exigir.
Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: o município de Lagoa Santa está localizado no Território Central/Entorno


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