Quem é que não guarda na memória afetiva algum sabor experimentado na infância? É a quitanda preparada pela avó do interior nos fins de semana, aquela merenda gostosa que era servida na escola, os doces vendidos na mercearia da esquina, a sopinha feita pela mãe quando se estava doente… Não há limite para tais lembranças, que chegam a ter gosto e aroma. Pois foram essas memórias que levaram a quitandeira Simone Aparecida Mendes, de São Gonçalo do Bação, a incluir o biscoito gazeta em sua produção.
“Um dia, pensei nesse biscoito e resolvi fazer, mesmo sem nunca ter conseguido a receita. Quando comi, todas as lembranças de uma boa época vieram à minha cabeça.” Feito à base de garapa, o biscoitinho é apenas uma das iguarias que encantam.
Bolos, roscas, biscoitos e mesmo o pãozinho de sal são preparados por ela, em casa. Simone e o marido pretendem expandir e aperfeiçoar o negócio, que já tem tudo para dar certo.
Da Série: Quintais e Quitandas de Minas Gerais*
Em uma vasilha, misturar os ingredientes.
A farinha será acrescentada por último e aos poucos, amassando até dar ponto de enrolar.
Em um tabuleiro untado, pôr os biscoitos, que podem ser modelados na forma desejada.
Assar em forno alto pré-aquecido, até os biscoitos ficarem bem moreninhos.
Uma velha brincadeira batizou uma das atrações gastronômicas de Barra Longa, a 215 quilômetros de Belo Horizonte. Quando a turma que distribuía um jornal de Ponte Nova chegava à cidade, lá pelos meados do século 20, os funcionários da padaria de Raimundo Laureano Ferreira anunciavam: “Chegou a turma da Gazeta”. E como eles iam direto ao assunto, ou melhor, ao café e à deliciosa quitanda ali preparada, não demorou muito para que ela ficasse conhecida como “biscoito gazeta”.
O tempo passou e a tradição se manteve cada vez mais viva, conta a bordadeira e dona-de-casa Maria Aparecida da Costa Ferreira, cujo marido José Geraldo, era sobrinho de Raimundo. Como se fosse guardiã da receita, ela sabe a medida certa dos ingredientes e o passo-a-passo de cor e salteado. “Prometi não deixar que a história se perdesse, e hoje já é patrimônio da cidade”, afirma, enquanto prepara a massa adoçada com rapadura.
Depois de pronto, o Gazeta tem um aspecto inconfundível: fica em forma da letra esse – de saboroso, saudável e, claro, de sensibilidade.
Derreter a rapadura com água, no fogo, até o ponto de melado grosso, que não pinga mais da colher.
Numa outra panela, fora do fogo, misturar os demais ingredientes, à exceção dos ovos e da farinha de trigo.
Despejar a rapadura derretida e misturar levemente.
Deixar esfriar e juntar as claras batidas em neve e, em seguida, as gemas.
Misturar a farinha de trigo e sovar bem.
Enrolar os biscoitos em forma da letra esse.
Untar um tabuleiro e pôr para assar, em forno pré-aquecido (150 graus), durante 20 minutos.
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