Experimente o angu-boi, uma receita com jeitinho baiano com sotaque mineiro
Angu-Boi
Da Série: Petiscos dos botecos de Minas Gerais*
Ingredientes:
- 1 kg de acém
- 250 g de fubá
- 300 g de bacon
- 200 g de milho verde em conserva
- 1 kg de queijo-de-minas ralado
- 1 litro de água
- 50 g de extrato de tomate
- Alho, cheiro verde, louro e sal a gosto
Preparo:
O acém deve vir do açougue passado pelo disco grosso.
Caso contrário, deve ser partido com uma faca em pequenos pedaços.
Lavar a carne em água corrente e temperar com alho, sal e folhas de louro.
Cozinhar numa panela com água.
Acrescentar o extrato de tomate e deixar ferver por mais dois minutos, misturando bem.
Numa panela com água fervente, acrescentar o fubá, previamente dissolvido na água fria.
No fogo baixo, mexer com uma colher de pau para não empelotar.
Quando engrossar, tampar a panela e deixar no fogo baixo por mais alguns minutos.
À parte, ferventar o bacon até soltar a pele.
Cortar em cubinhos e fritar no óleo, até ficar bem torrado.
Reservar o queijo ralado e o milho verde.
Para servir, numa panela, de preferência de barro, despejar o caldo da carne e, em seguida, metade do angu, o milho verde, o bacon, o queijo, a carne e o restante do angu, nesta ordem.
Porção para cinco pessoas.


*Receita fornecida por Pedro Lourenço Felisberto, de Coronel Fabriciano para o Projeto Sabores de Minas
À moda de minas
Os baianos já não têm vez. Depois que o angu-boi foi inventado por Pedro Lourenço Felisberto, de 47 anos, carro-chefe de seu restaurante, em Coronel Fabriciano, a 198 quilômetros da capital (Cantina do Pedrinho, rua Quintino Alves, 337, Nazaré), o famoso angu à baiana já não tem o mesmo sabor por essas bandas, com todo o respeito à rica cozinha da Boa Terra. “Comecei a fazer a receita tradicional, à base de miúdos de porco, mas era muito indigesta e inadequada para o clima quente da região.
Foi aí que resolvi adaptá-la ao jeito mineiro”, explica o cozinheiro, que faz a mágica mistura de carne de boi, angu, bacon, milho verde e queijo-de-minas ralado. Servido há mais de 20 anos, o prato celebra a parceria entre Pedrinho e Zé Firmo, já falecido, de quem foi sócio, por vários anos, de um dos bares mais famosos da cidade. Quem preferir, pode trocar o boi por porco, frango ou peixe. O prato é um dos mais disputados em Fabriciano, seja para o almoço ou jantar, e pode até ser entregue em casa.
Impossível não experimentar.
Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: o município de Coronel Fabriciano está localizado no Território Rios/Rio Doce


** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.