Pura arte. Assim são as flores de coco bordadas por uma mestra doceira do sul de Minas Gerais. Confira a receita!
Flor de coco
Da Série: Doces dos Quintais de Minas Gerais*


Ingredientes:
- 1 coco grande (maduro)
- 1 xícara (de chá, cheia) de açúcar refinado
- Meia xícara de água
- Confeito de cor prata
Material
- Forminhas para doce, tamanho grande, com tapetinho
Preparo:
Tirar a água do coco e levá-lo ao forno, por dez minutos, para que a casca saia com mais facilidade.
Descascar, lavar e enxugar.
Dividir coco ao meio.
Usar uma pequena plaina (cepilho), para passar nas bordas da polpa e retirar fitas compridas.
Reservar.
Levar ao fogo o açúcar e a água e, assim que a calda ferver, mergulhar as fitas e deixar até obter o ponto de fio.
Retirar fita por fita da calda e colocar num prato.
Para formar as flores, fixar uma tira maior no contorno de cada tapetinho de plástico, que deve ser posto dentro da fôrma de papel.
Apertar para firmar.
Fazer rolinhos com as fitas, na largura inferior à de um dedo mínimo.
Cada rolinho deve ser colocado preenchendo o interior da fita colada na borda , até obter o formato de uma flor.
Cobrir com os confeitos prateados.
Receita fornecida por Regina Celi Monte Raso Toledo, de Boa Esperança para o Projeto Sabores de Minas


Fino bordado
Quanto mais se viaja pela região, mais se conhecem os segredos e mistérios dos artistas da gastronomia. Em Boa Esperança, a 285 quilômetros de Belo Horizonte, Regina Celi Monte Raso Toledo apura, diariamente, sua técnica de preparar doces que encantam os olhos e o paladar dos moradores e visitantes. Nas festas e feira da cidade – aos sábados e domingos, em frente à basílica de Nossa Senhora das Dores -, ela tem sempre uma novidade na manga, pronta para dar água na boca, como a flor de coco.
À primeira vista, é impossível descobrir como a polpa pode se transformar em flor e em sobremesa tão elaborada, requintada e criativa. Com boa vontade, Regina ensina a receita na maior paciência. Antes de mais nada, é preciso ter à mão o cepilho, um tipo de plaina, para retirar as fitas brancas do coco. Quem a vê no seu ofício pensa até que se trata de uma rendeira, envolvida com linhas e bordados.
“É um trabalho muito demorado, a gente gasta horas para fazer uns 20 doces”, assegura. Bom de olhar, melhor ainda de provar. Além do branco absoluto, a doceira, se quiser, pode usar anilina e mudar o visual do doce.
Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: o município de Boa Esperança está localizado no Território Mantiqueira/ Lagos


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