Bolo rei, uma receita que conta histórias, além de ser bem divertida de preparar. Com direito a compartilhar com os amigos. Experimente!
Bolo rei
Da Série: Quintais e Quitandas de Minas Gerais*
Ingredientes:
Para o fermento
- Meia xícara (chá) de açúcar cristal
- Meia xícara (chá) de farinha de trigo
- Meia xícara (chá) de leite
- 1 pitada de sal
Para a massa
- 3 ovos
- 1 xícara (chá) de açúcar cristal
- 1 xícara (chá) de óleo
- 1 pitada de sal
- 2 xícaras (chá) de farinha de trigo, mais meia xícara para polvilhar
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- Meia xícara (chá) de frutas cristalizadas
- Meia xícara (chá) de nozes trituradas
- Meia xícara (chá) de passas pretas
- 1 colher (chá) de canela em pó
Para a cobertura
- 2 xícaras (chá) de açúcar de confeiteiro
- 2 colheres (sopa) de suco de limão
- 2 colheres (sopa) de leite quente
COMO FAZER
Preparar o fermento um dia antes de fazer o bolo, misturando todos os ingredientes em uma vasilha de plástico e deixando descansar de um dia para o outro, tapado com um pano.
No dia seguinte, deixar ao sol por 20 minutos para fermentar.
Para a massa, bater no liquidificador os ovos, o óleo, o açúcar e o sal.
Despejar em uma vasilha, pôr metade do fermento caseiro (a outra metade, pela tradição, deve ser dada a alguém ou guardada para o preparo de outro bolo) e a farinha.
Misturar.
Separadamente, misturar as frutas, as nozes e as passas e polvilhar farinha de trigo e canela em pó.
Juntar tudo à massa, com o fermento em pó.
Despejar em uma assadeira untada e assar em forno aquecido a 180 graus por 40 minutos.
Para a cobertura, misturar todos os ingredientes, fora do fogo.
Despejar sobre o bolo.
*Receita fornecida por Maria Benedita Ribeiro dos Santos da Comunidade Rural de Cachoeirinha em Itajubá para o Projeto Sabores de Minas
Quitanda valiosa
Tradição européia trazida para o Brasil, o chamado bolo rei, além de saboroso, tem um significado simbólico. O costume manda servir a iguaria no Natal e na Festa de Reis, justamente pela alusão aos Reis Magos, mas, em qualquer época do ano, seu sabor é muito bem-vindo. A itajubense Maria Benedita Ribeiro conhece bem essa história e não cansa de contá-la aos fregueses. Integrante da Associação Direto da Roça, Ditinha, como é chamada, explica uma parte interessante da história do bolo rei, que tem a ver com a generosidade e amizade.
“O fermento usado na massa é caseiro e, pela tradição, o bolo tem que ser compartilhado por quatro pessoas. Quem o recebe, deve fazê-lo também”, diz. Ex-lavadeira, a moradora da comunidade rural de Cachoeirinha se considera outra pessoa depois que entrou para a associação. “Agora, saio, tenho com quem conversar e faço amizades; é uma terapia.” Ela adora uma boa prosa. A alegria contagiante de Ditinha dá ainda mais gosto ao bolo rei e se mostra tão valiosa quanto os presentes levados pelos Reis Magos ao Menino Jesus.
Agraciados por tamanha riqueza, botamos o pé na estrada com novas histórias e sabores guardados na memória. Até a próxima!
Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: a Comunidade Rural de Cachoeirinha no município de Itajubá está localizado no Território Mantiqueira/Sul Suíça


** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.