Da Série: Doces dos Quintais de Minas Gerais*
Passar os limões no ralo para retirar apenas a parte mais grossa da casca, tomando cuidado para não chegar até a parte branca
Cortá-los em cruz e ferventá-los
Com uma colher ou faca retirar toda a polpa do limão, deixando apenas a casca verde e levar ao fogo novamente, com água, até a casca ficar macia
Escorrer a água e pôr os limões, depois de esfriar, em um tacho de cobre, cobertos com água
Cobrir com um pano e deixar de molho de um dia para o outro
Levar o tacho ao fogo, pôr o açúcar, a canela e o cravo e deixar ferver
Retirar quando a calda der ponto de fio ( obtido quando a calda forma um fio ao escorrer da colher)
*Receita fornecida por Marlene Antônio Rocha, de Matozinhos para o Projeto Sabores de Minas
Cozinha é espaço de bom humor e de inventar, não só iguarias, mas novas expressões linguísticas. Que o diga Marlene Antônio Rocha, de Matozinhos, que tem sempre uma resposta e um comentário espirituoso na ponta da língua. Na hora de passar uma receita, então, a mineira solta o verbo. Começa dizendo que para fazer o doce de limão em calda deve-se retirar o marujo da fruta. Se o olhar de dúvida aparece no rosto do ouvinte, ela explica: “Marujo é o amargo do limão. Tem que deixá-lo de molho para sair”. Outra dica: se o limão for colocado quente na água fria, ele constipa. Ou seja, assim como o corpo não fica bem quando está constipado, ou gripado, o mesmo ocorre com a fruta. E mais: tem que tomar cuidado para que o doce não vire orelha de burro. Isso ocorre se a casca “pegar vento”. Fica disforme e em- penada. Analogia mais perfeita não poderia haver. O papo, contudo, fica de lado e as palavras somem quando é dado sinal verde para degustar o doce. Afinal, uma iguaria preparada sob tantas recomendações não poderia decepcionar. E só para continuar no clima das expressões e ditados populares, o doce de dona Marlene é como a história do melado: quem nunca comeu, quando come se lambuza.
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