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Por Antônio Basile*
Toda paixão é adocicada, ácida na medida, suculenta na mordida.
Carmem, Débora, Andrea: os amores vermelhos da paixão.
Toma conta o desejo do querer mais; no gosto, no cheiro, na boca.
E com ardor, no êxtase da quase luxúria, a tomatina incita Buñol.
Como damas de vermelho, de pele fina e carne rubra, põem-se a dispor.
Dolcetto, Sorbetto, Wanda, Sicília: pequenos segredos do umami.
As meninas Cherry fazem o gosto do tudo bom num bocado do todo.
Feliz do fruto nada proibido que o guloso se deleita sem o capital pecado.
Nápoles foi o berço de seu amor maior, nunca traído, sempre desejado.
Depois dos varais ao sol se deita sobre o sumo de olivas e descansa.
Do descanso compõe a sorte manifesta no prato do glutão sem pressa.
E o fruto, a chama e o tempo lento do relógio fazem a salsa das salsas.
Das Américas, na origem, das naus de Cristóvão, foi apátrida no destino.
Chegou aqui, acolá e em todo lugar como era, como é e como ficará.
Amado por todos, tem aliada as instintivas mãos hábeis da cozinheira.
De todo nome e formato, meu grande! Um brinde poético a sua saúde.
*Antônio Basile é chef de cozinha e colaborador do Territórios Gastronômicos da cidade de Gonçalves e região do Território Mantiqueira/Sul Suíça
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