Uma receita com sabores e histórias contadas pelas famosas quitandeiras do Serro-MG.
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Pastel folhado
Da Série: Quintais e Quitandas de Minas Gerais*
Ingredientes:
– 1kg de farinha de trigo especial
– 1 colher (rasa, de sopa) de manteiga
– 1colher (sopa) de sal
– Acrescentar água, aos poucos, até chegar à consistência de massa de pastel mais firme
Preparo:
Corte a massa em dez pedaços, abra um pouco cada um e cubra com
plástico.
Deixe descansar por aproximadamente 40 minutos. Derreta meio quilo de manteiga até começar a fritar.
Em mesa grande, unte com um pouco de margarina (frita) e abra o primeiro pedaço com o rolo e depois com as mãos, na espessura de um papel.
Coloque por cima desta massa um pouco da manteiga derretida e espalhe
com a mão. Enrole.
Repita a operação com outro pedaço da massa e coloque o primeiro rolo dentro desta segunda massa aberta.
Enrole, formando um rolo de mais ou menos 5 centímetros de diâmetro.
Reserve.
Repita a operação, formando cinco rolos no total.
Coloque todos, cobertos com plástico, na geladeira, até a manteiga ficar bem
firme.
Retire e corte pedaços de 5 centímetros na horizontal e abra na vertical cada um, com as mãos.
Recheie com queijo, carne moída ou camarão, mas sempre um recheio seco.
Aperte bem as extremidades de cada pastel e frite vários em óleo na temperatura de 180 graus.
*Receita fornecida por dona Candinha, do Serro para o Projeto Sabores de Minas
Caminhos da culinária
A cultura de Minas Gerais passa pelas cozinhas. Afinal, foi nessa parte da casa, cercada de temperos, utensílios e arte, que se fundiram a culinária afro-indígena e a sofisticação das receitas portuguesas.
No início da mineração, os portugueses, na falta de colheres e pratos, comiam com as mãos, criando o popular “capitão”.
Doce, só mesmo com rapadura. Somente muito depois, quando chegaram, de Portugal, as mulheres dos ouvidores, as sinhás, é que a cozinha ganhou novas características, toques de requinte francês e português.
A cozinheira e estudiosa do assunto dona Lucinha conta que datam desse período da história os pastéis folhados, os doces de ovos, as luminárias (folhado recheado com doce de leite), a baba-de-moça.
Hoje, no Serro, é possível encontrar os pastéis folhados, sequinhos, e recheados de carne, queijo, que é tradição do município, e outros sabores.
Dona Lucinha lembra que a comida mineira sempre teve pouco sal, já que, longe do litoral, o produto chegava em pequena quantidade, não raro se dissolvendo sobre o lombo dos burros conduzidos pelos tropeiros ao longo da Estrada Real e do Caminho dos Diamantes.
Mapa dos Territórios Gastronômicos de Minas Gerais: O município do Serro está localizado no Território Espinhaço/Garimpo
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