Sensacional essa receita que tem gosto de Minas Gerais, sabores do Velho Chico, mais especificamente da região do Jaíba. Um delicioso e suculento dourado assado recheado com bananas, dois símbolos da Identidade gastronômica deste Território do norte do estado.. Experimente e se surpreenda!
Dourado recheado na telha
Ingredientes:
– 1 dourado de aproximadamente 2 kg, limpo e sem escamas
– Tempero a gosto(sal, alho, pimenta e coentro)
– 3 colheres (sopa)de requeijão
– 3 colheres (sopa)de manteiga
– 6 bananas maduras (variedade desejada) cortadas ao meio, no sentido do comprimento
– 1 queijo minas pequeno, picado
– 300 g de presunto fatiado
– 1 telha tipo colonial
– Folha de bananeira
Modo de Preparo:
Abrir o dourado ao meio, mas sem separar as partes, de modo que forme uma cavidade para ser recheada. Passar o tempero, a manteiga e o requeijão em todo o peixe, por dentro e por fora. Pôr camadas de queijo, presunto e banana, na cavidade aberta, sem fechar. Forrar a telha com folha de bananeira e, por cima, papel alumínio suficiente para embrulhar o peixe. Acomodar o dourado e embrulhar. Levar ao forno médio por 20 minutos.
Retirar o papel e deixar mais cinco minutos.


*Receita fornecida por Amara da Silva, de Jaíba para o Projeto Sabores de Minas


Sua Majestade, o Peixe
Rei soberano do Rio São Francisco, o dourado é considerado por pescadores um peixe arisco, o que torna a sua concorrida carne ainda mais apetitosa. Seja preparado no forno ou na panela, o dourado reina também na mesa, ganhando diferentes roupagens pelas criativas cozinhas do estado. Em Jaíba, o peixe se alia aos sabores da terra, despertando os mais sinceros elogios de seus fieis súditos. Quem assume o preparo do pescado assado na telha, com farto recheio de banana, queijo e presunto, é Amara Soares da Silva.
“Comemos banana com tudo. Um dia tive a ideia de combinar com o peixe, que também é da região. O pessoal do meu trabalho gostou e sempre me pede para repetir.” A banana, inclusive, é fonte de renda para Amara, que lidera na cidade um grupo de artesãs mestres na fibra de bananeira. “A gente sempre inventa peças diferentes para fazer com o material.” A conversa precisa parar logo que a realeza sai do forno e surge, imponente, aos olhos dos admiradores.
Nessas horas, salivar é uma verdadeira e digna homenagem.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.