Nas comemorações dos 300 anos de Minas Gerais, confira a homenagem dos chefs à nossa terra.


Vindo de uma família do interior de minas, Almenara, cresci ao lado de um fogão, com os quitutes e preparos da minha família, e por consequência, fui criando uma memória afetiva na cozinha.
Fui criado com os ingredientes e insumos mais diversificados da gastronomia do interior de Minas: carne de sol, pequi, frango caipira, quiabo, ora-pro-nóbis, angu, couve e outros que sempre utilizo na minha cozinha.
O mineiro não vive sem cozinha. O que temos como padrão é o nosso fogão a lenha e as conversas e bate papo na cozinha, que nos deixam próximos e satisfeitos.
Portanto, a cozinha mineira me transformou e me transforma a todo momento e, por aí, vou criando e me reinventando a cada dia.
Em minha identidade está presente a cozinha mineira, é claro! São minhas raízes. E a minha identidade está no que faço, tornando autorais as minhas composições e construções de pratos.
O prato que representa Minas
Dentre vários pratos, aponto a minha coxinha de frango, a costelinha laqueada e tantos outros.


Mas, vou destacar o filezinho suíno crocante com ovo trufado, farofinha de feijão de corda com quiabo defumado.


Preparei esse prato este ano para servir em um jantar exclusivo em São Paulo, para um público especial e restrito. Reproduzi o cardápio na semana seguinte para um outro grupo a convite de um cliente muito especial, em um momento especial. Com esse menu, consegui levar Minas para São Paulo.
Mas o que tem nesse prato ? Filezinho suíno, pururuca, farofinha crocante, ovo, feijão de corda e quiabo que fiz de uma forma que o defumado remetia às grandes fazendas de Minas, ao lado do fogão a lenha.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.