Conheça, na visão poética de nosso colaborador José Janser, um pouco sobre o processo de produção de uma das melhores cachaças artesanais de alambique produzidas no município de Araçuaí no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais
Um brinde à boa dose


Por: José Janser*
Brotada em terras áridas, o doce da cana vem da concentração da sacarose pela escassez de água. Cana madura, cana doce, garapa gostosa. Alimento farto para bactérias anaeróbicas que transformam o doce em álcool, bactérias que se aninham num fermento natural feito de milho e farelo de arroz.
Cana cortada a podão, transportada em lombo de burros a passos lentos nas cangalhas feitas artesanalmente.
Extraído o caldo, a garapa, resta o bagaço, que jogado no curral alimenta o gado (parco), que pelo pisoteio e absorção de dejetos se transforma num excelente adubo orgânico que alimenta o chão, que gesta a cana, que dá a luz à cachaça Vista Alegre.
Bom apetite.




Veja outra coluna do colaborador José Janser: A Venda de Seu Mundé – Coisas do Interior de Minas Gerais
* José Janser é cronista, nascido em Araçuaí-MG, apaixonado pelas coisas simples e gostosas do interior, e colaborador do Territórios Gastronômicos do Norte de Minas
Mapa dos Territórios Gastronômicos: O município de Araçuaí está localizado no Território Rios/Jequitinhonha


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