Ingredientes e Utensílios

Mitos e verdades sobre o sal rosa do Himalaia

O tempero está na moda, e é vendido com a promessa de ser mais saudável, no entanto, seu consumo exige cautela.

Por Augusto Albertini

Nos últimos anos, o sal rosa do Himalaia se tornou destaque nas prateleiras de supermercados e passou a ser usado no preparo de diversas receitas por todo o Brasil. Embora seja vendido como um tempero milagroso, seus benefícios ainda são motivos de estudo por cientistas em todo mundo. Mas mesmo que haja bastante controvérsia, é possível concluir algumas coisas a respeito de suas origens e de seu consumo.

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Não vem do Himalaia

O nome do produto pode até chamar atenção, mas ele não indica a região exata de onde o tempero é extraído. O sal rosa vem das minas de Khewra, no Paquistão. Embora as codilheiras do Himalaia passem por este país, o local da extração está há alguns quilômetros de distância das imponentes montanhas do continente asiático.

Possui mais minerais

Na composição do sal do Himalaia é possível encontrar alguns minerais em maior quantidade como o ferro, que confere a cor rosada do produto, e o cálcio.

Para se ter uma ideia, em 5g de sal rosa há 8 mg de cálcio, enquanto no sal refinado esta quantidade cai para 2 mg. Segundo a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), o consumo diário de cálcio não deve ultrapassar 1g.

Embora possua mais minerais, eles representam apenas 5% do conteúdo do produto, enquanto os outros 95% referem-se à quantidade sódio.

Mais saudável?

As propagandas do sal do Himalaia o apresentam como um ingrediente milagroso, capaz de curar e prevenir doenças, no entanto, a ciência não possui nenhuma evidência de sua eficácia.

Embora possua mais minerais do que o sal refinado, as quantidades desses nutrientes no sal rosa não tiveram eficiência comprovada na manutenção da boa saúde.

Aliás, o sal rosa possui as mesmas quantidades de sódio dos sais refinados e, de acordo com a OMS, se consumido em excesso ele pode causar hipertensão arterial, problemas cardiovasculares, cálculos renais e inclusive câncer de estômago.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o consumo diário de sal por pessoa no Brasil é de 12 gramas, mais do que o dobro do recomendado.

Portanto, para obter saúde através do sal, o importante é equilibrar nas quantidades, e não exagerar no seu uso.

(Foto de Capa: Pixabay )

Augusto Albertini
Jornalista e colaborador do Territórios Gastronômicos

Territórios Gastronômicos

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