Ingredientes e Utensílios

Do Serro ao Portal da Canastra – Queijos Vó Cotinha conquistam o sul de Minas

Panelas e Causos

Por: Simone Lopes da Cunha Frank*

Para todo mineiro, sinônimo de amor é queijo! Não dá nem para imaginar um sem o outro!

Todo mineiro que se preze simplesmente cultua essa iguaria. É o café com queijo, a generosa fatia no pão de sal, acompanhando o doce de leite ou o queijo raladinho por cima de tudo quanto é coisa que a gente come!

E mineiro que é mineiro mesmo também vende, mas, principalmente, faz o melhor queijo do Brasil. Sua fabricação para nós é arte sagrada.

A arte da fabricação de queijos tem seu início perdido num passado remotíssimo, nada menos do que 12 mil anos antes do nascimento de Cristo, em um período conhecido como paleolítico superior. Segundo a lenda, o queijo teria sido descoberto por um dos filhos de Apolo, Aristeu, o Rei da Arcádia.

O mais popular e apreciado aqui na nossa região de Passos, Território Gastronômico Mantiqueira Sul das Minas Gerais, é o Canastra, um tipo de queijo brasileiro de origem e produção na Serra da Canastra, bem aqui ao lado. Produzido há mais de duzentos anos, ele é primo distante do queijo de São Jorge, de Açores, Portugal, trazido pelos imigrantes na época do Ciclo do Ouro. O clima, a altitude, os pastos nativos e as águas da Serra da Canastra dão a esse queijo um sabor único: forte, meio picante, denso e encorpado. Desde maio de 2008, o queijo canastra é patrimônio cultural imaterial brasileiro, título concedido pelo IPHAN, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

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Queijo do Serro conquista o Sul de Minas

Mas hoje vou falar sobre um delicioso queijo amarelo, macio, com uma crosta esbranquiçada, de sabor marcante e muito perfumado: o delicioso Queijo do Serro.

“O Serro é uma terra de gente simples, amante da natureza, da cultura e da culinária mineira, como o seu famoso queijo, produzido na região, que já vem com o selo da qualidade e da tradição”.

O motivo do diferenciado sabor, comparável aos melhores do mundo, ou ainda não está devidamente explicado, ou está guardado a sete chaves.
Os antigos o creditavam ao capim gordura, excelente pastagem nativa da região, hoje quase desaparecida. Como permaneceu a mesma qualidade, atualmente alguns apontam a composição do solo (terreno calcáreo e úmido) e o clima como os responsáveis pelo delicado sabor.

Uma família que compartilha duas paixões regionais

Pois para um bom mineiro, tão sagrado quanto o Queijo é a família e a tradição!

Por isso, o passense Ricardo Borges e sua esposa Carla Dayrell, nascida na cidade do Serro, vêm fazendo um maravilhoso trabalho de divulgação e preservação da cultura e tradição da fabricação de queijos de acordo com as receitas centenárias guardadas pela família Mesquita Dayrell em sua queijaria artesanal: A Queijaria Vó Cotinha!

Tradição e Qualidade – Queijos Vó Cotinha

A queijaria fica na Fazenda Água Limpa, na cidade de Serra Azul de Minas, na região do Serro, próxima ao Vale do Jequitinhonha, onde os queijos são produzidos e maturados artesanalmente, da mesma forma que eram feitos há pelo menos um século: leite cru + coalho + pingo + sal + tempo de cura e amor! Muito amor pelo que se faz.

Vó Cotinha – Foto Divulgação

Ricardo e Carla, que é neta da Vó Cotinha, trazem de lá esse queijo único e especial, ganhador de vários concursos, para vender aqui em Passos e região. Muito mais que produzir e comercializar queijos, eles preservam, divulgam e valorizam essa linda história e tradição familiar, que é fazer o Legítimo Queijo do Serro em sua receita original.

*Simone Lopes da Cunha Frank: Mineira de Passos, Autora da coluna Panelas e Causos e Colaboradora dos Territórios Gastronômicos

Territórios Gastronômicos

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