Por Armando de Angelis*
Esta sopa é uma das melhores lembranças que tenho de Araxá. Na minha infância conhecia esse maravilhoso e simples prato como Sopa de Mulher Parida, pois era sempre utilizado na quarentena pós – parto, pois segundo a crença popular tinha muita “sustança”. Nos anos 70 ou 80, não sei bem quando, o chef pesquisador das gostosuras de Araxá, Fernando Braga, rebatizou-a como Sopa Dona Bêja, em homenagem à mulher corajosa e amorosa que trouxe de volta o Triângulo Mineiro para Minas Gerais.
Na minha juventude, depois das serenatas que fazíamos com um grupo de amigos, após as horas dançantes domingueiras, era de praxe passar no salão de carteado do Mocréia para nos deliciarmos com essa maravilhosa sopa. Também ficou conhecida como Sopa do Mocréia. Lembro ainda de, regularmente, sempre no jantar, “filar” um prato na casa da minha tia Dalva Santos Zema, que tanto amava essa sopa.
Simples, muito simples de fazer. De tão simples, arrisquei uma nova versão acrescentando alguns ingredientes. Sensacional.
Ingredientes:
Modo de fazer: Cortar a galinha em pedaços e cozinhá-la na panela de pressão, com os temperos, menos a salsa e cebolinha. Após o cozimento, pôr os pedaços de carne numa tigela.
Manter o caldo em fogo baixo e acrescentar a farinha de milho, mexendo sempre, para não dar pelotas. Quando ferver, despejar o caldo sobre os pedaços da galinha e jogar a salsa e a cebolinha.
Ingredientes
Modo de fazer
Pique e desfie as sobrecoxas, reservando os ossos, temperando tudo com a pimenta calabresa, páprica picante, o chimichurri e o caldo de galinha, deixando temperar por aproximadamente 30 minutos.
Em panela separada, derreta o óleo e a manteiga. Em seguida, jogue os pedaços de sobrecoxas desfiadas (não esquecendo de manter os ossos).
Após dourar o frango, jogue as porções de alho e cebola para dourar também. Na sequência, acrescente água e deixe o cozimento rolar solto.
Depois de ferver, em fogo baixo, tire os ossos e acrescente a farinha de milho misturada com água e mexa, sem deixar empelotar, até tomar consistência.
Por fim, desligue o fogo e jogue as porções de salsa e cebolinha picadinhas, mexendo bem para se incorporarem à sopa.
Minha sugestão: sirva com torradas amanteigadas.
*Armando de Angelis
idealizador e promotor do “Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Araxá”, atualmente denominado “Saberes e Sabores de Araxá”, após lançamento do seu livro de mesmo título. Autor ainda do livro “Sopas, Caldos & Cremes”.
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